Cultura
Museu do Ipiranga tem programação especial pelos 130 anos
Cultura
O Museu do Ipiranga, que fica em São Paulo, e que completa 130 anos em 2025, divulgou a programação especial de aniversário, que será celebrado no próximo dia 7 de setembro. 

O tradicional Museu em Festa, maior evento anual da instituição, que acontece desde 2017, estará com programação gratuita aberta ao público entre às 9 da manhã até às 6 da tarde. Numa parceria com o Sesc Ipiranga, estão previstas oficinas de desenho e pintura, caminhada de observação de aves, aula aberta de dança e intervenções circenses e literárias.
Para garantir uma experiência mais confortável durante a visita, em razão do maior fluxo de público na data, estarão em cartaz as exposições Uma História do Brasil, Passados Imaginados e Para Entender o Museu.
Os ingressos para as exposições serão distribuídos gratuitamente no mesmo dia, a partir das 9h, na entrada do Museu; haverá mediação especializada nas exposições com educadores do museu, incluindo atendimento em Libras em alguns horários.
Já o Espaço 130 anos, instalado no Jardim Francês, contará com a exibição dos dois primeiros episódios da minissérie inédita “Museu do Ipiranga 130 anos: histórias para pensar o presente”, que aborda a trajetória do Museu. A obra em quatro capítulos foi dirigida por Marcelo Machado, com convidados como Preta Rara, Marcelo Tas, visitantes e integrantes da equipe do museu. Os episódios abordam temas como novas formas de pensar a história do Brasil e a relação do público com o edifício histórico. No mesmo Espaço, o show “Acesso”, da cantora Amanda Mittz, encerra o dia de festa.
No site e redes sociais do Museu do Ipiranga é possível acessar a programação dos 130 anos de aniversário da instituição.
Cultura
1ª negra imortal: escritora Ana Maria Gonçalves toma posse na ABL
A atualidade da obra de Ana Maria Gonçalves, que aborda temas históricos e raciais em seus livros, foi destacada nesta sexta-feira (7) durante a posse da escritora na Academia Brasileira de Letras. Ela é a primeira autora negra eleita como imortal na instituição, e ocupará a cadeira de número 33, antes do gramático Evanildo Bechara.

Ana Maria Gonçalves é reconhecida especialmente pelo livro Um Defeito de Cor. A obra narra, em 952 páginas, a história de Kehinde, uma mulher africana que atravessa o século 19 buscando reencontrar o filho. Além de escritora, Ana Maria Gonçalves é roteirista, dramaturga e professora. A nova acadêmica reforçou o significado de sua presença para a renovação da ABL.
“Cá sou eu hoje, 128 anos depois de sua fundação, como a primeira escritora negra eleita para a Academia Brasileira de Letras, falando pretoguês e escrevendo a partir de noções de oralitura e escrevivência. E assumo para mim como uma uma das missões: promover a diversidade nessa casa e fazer avançar as coisas nas quais nela eu sempre critiquei, como a falta de diversidade na composição de seus membros, uma abertura maior para o público e o maior empenho na divulgação e na promoção da literatura brasileira.”
O discurso de abertura da cerimônia foi feito pela imortal Lilia Schwarcz. A historiadora e antropóloga destacou a posse e a obra de Ana Maria no contexto de violência contra as pessoas negras.
“Nunca o livro de Ana foi tão atual como nos dias de hoje com as chacinas nos complexos do Alemão e da Penha. Kehinde é uma mãe que viu um filho morrer e outro desaparecer. Simbolicamente, ela é mais uma das muitas mães brasileiras enlutadas que seguem lutando.”
A escritora Conceição Evaristo também enfatizou a importância da luta racial, especialmente na literatura.
“Eu acho que mais uma vez a história brasileira bem manchada de sangue, né? E o que que a literatura pode fazer nisso? Quer dizer, olhando, é, na primeira mão, na hora do desespero, a literatura não pode fazer nada. Depois quando você pensa, eu acho que a literatura é o lugar mesmo de você, é, tentar resolver essa realidade, né? Imaginar uma outra realidade, imaginar uma outra um um outro destino para o Brasil, né?”
Já a escritora Eliana Alves Cruz falou sobre a relevância do momento e a aproximação da academia com a população.
“É um momento mágico, né? É um momento esperado, aguardado. E um tanto atrasado, né? Eu acho, porque muita gente esperou para ter alguém aqui. Eu espero que seja o começo de uma renovação para a ABL, de uma aproximação com o povo.”
O evento foi marcado pela presença de escritores e artistas, além de representantes da cultura negra brasileira.
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