Cultura
Museu de História da Paraíba, em João Pessoa está aberto à visitação
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O Museu de História da Paraíba, localizado no centro histórico de João Pessoa, está aberto à visitação. O novo equipamento cultural funciona em um prédio construído por padres da Companhia de Jesus no século XVI. O Palácio da Redenção agora abriga o primeiro Museu de História da Paraíba, com diversos ambientes em seu interior, entre eles duas salas dedicadas ao escritor Ariano Suassuna, que nasceu no local.

Entre os espaços de destaque estão a sala dedicada à Revolução de 1930, a Sala Paraibana Idades — que apresenta acontecimentos marcantes do estado — e o mausoléu do político João Pessoa.
Com um projeto de restauração histórica e arquitetônica que contou com investimentos de mais de R$ 11,5 milhões, o museu representa o maior marco de revitalização já realizado no Palácio desde a sua construção, há mais de 400 anos.
Durante a solenidade de inauguração, o governador da Paraíba, João Azevêdo, entregou o museu à sociedade e destacou a importância da obra para a democratização do acesso aos espaços públicos.
Segundo ele: “Quando nós tomamos a decisão de transformar o museu, foi para que verdadeiramente o nosso povo, os nossos estudantes, principalmente, possam visitar um espaço como esse e conhecer a nossa história, entendendo todo o processo que nos trouxe até aqui. Então, é inclusão — inclusão através da cultura.”
Além do acervo permanente, até o dia 30 de novembro, os visitantes poderão conferir uma exposição temporária com pinturas de artistas acadêmicos e modernistas, como Pedro Américo, Anita Malfatti, Di Cavalcanti e Cândido Portinari.
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1ª negra imortal: escritora Ana Maria Gonçalves toma posse na ABL
A atualidade da obra de Ana Maria Gonçalves, que aborda temas históricos e raciais em seus livros, foi destacada nesta sexta-feira (7) durante a posse da escritora na Academia Brasileira de Letras. Ela é a primeira autora negra eleita como imortal na instituição, e ocupará a cadeira de número 33, antes do gramático Evanildo Bechara.

Ana Maria Gonçalves é reconhecida especialmente pelo livro Um Defeito de Cor. A obra narra, em 952 páginas, a história de Kehinde, uma mulher africana que atravessa o século 19 buscando reencontrar o filho. Além de escritora, Ana Maria Gonçalves é roteirista, dramaturga e professora. A nova acadêmica reforçou o significado de sua presença para a renovação da ABL.
“Cá sou eu hoje, 128 anos depois de sua fundação, como a primeira escritora negra eleita para a Academia Brasileira de Letras, falando pretoguês e escrevendo a partir de noções de oralitura e escrevivência. E assumo para mim como uma uma das missões: promover a diversidade nessa casa e fazer avançar as coisas nas quais nela eu sempre critiquei, como a falta de diversidade na composição de seus membros, uma abertura maior para o público e o maior empenho na divulgação e na promoção da literatura brasileira.”
O discurso de abertura da cerimônia foi feito pela imortal Lilia Schwarcz. A historiadora e antropóloga destacou a posse e a obra de Ana Maria no contexto de violência contra as pessoas negras.
“Nunca o livro de Ana foi tão atual como nos dias de hoje com as chacinas nos complexos do Alemão e da Penha. Kehinde é uma mãe que viu um filho morrer e outro desaparecer. Simbolicamente, ela é mais uma das muitas mães brasileiras enlutadas que seguem lutando.”
A escritora Conceição Evaristo também enfatizou a importância da luta racial, especialmente na literatura.
“Eu acho que mais uma vez a história brasileira bem manchada de sangue, né? E o que que a literatura pode fazer nisso? Quer dizer, olhando, é, na primeira mão, na hora do desespero, a literatura não pode fazer nada. Depois quando você pensa, eu acho que a literatura é o lugar mesmo de você, é, tentar resolver essa realidade, né? Imaginar uma outra realidade, imaginar uma outra um um outro destino para o Brasil, né?”
Já a escritora Eliana Alves Cruz falou sobre a relevância do momento e a aproximação da academia com a população.
“É um momento mágico, né? É um momento esperado, aguardado. E um tanto atrasado, né? Eu acho, porque muita gente esperou para ter alguém aqui. Eu espero que seja o começo de uma renovação para a ABL, de uma aproximação com o povo.”
O evento foi marcado pela presença de escritores e artistas, além de representantes da cultura negra brasileira.
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