Cultura
Festival de Brasília do Cinema Brasileiro exibe 80 produções nacionais
Cultura
A capital federal recebe, até o dia 20 deste mês, a edição de número 58 do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Além da exibição de 80 produções nacionais, a programação inclui mostras especiais, debates, oficinas, atividades formativas e sessões comentadas.

Neste ano, o festival celebra seis décadas de história. O diretor artístico do evento, Eduardo Valente, destaca a relevância dele para o cenário audiovisual do país:
“Uma das marcas do festival, que já são muitas ao longo desses 60 anos, é essa possibilidade de representar o cinema brasileiro como um todo. Eu acho que quando é um festival que tem essa marca de servir de ponto de encontro e discussão sobre o cinema brasileiro e das pessoas de diferentes lugares e poder juntar pessoas de todas as regiões, para nós é uma é um conceito muito caro.”
As sessões acontecem ao longo do dia no Cine Brasília, no Complexo Cultural de Planaltina e nas unidades do Sesc no Gama e em Ceilândia.
Nesta terça-feira, a Mostra Brasília presta homenagem à atriz Fernanda Montenegro, às 11h, no Cine Brasília, com a exibição de A Falecida, de Leon Hirszman, em versão com legenda descritiva e audiodescrição. Já no Sesc do Gama, às 9h30, acontece o Festivalzinho com o filme Notícias da Lua, de Sérgio Azevedo.
No Complexo Cultural de Planaltina, às 19h45, será exibida a Mostra Competitiva Nacional com os filmes Boi de Salto, de Tássia Araújo, Couraça, de Susan Kalik e Daniel Arcades, e Corpo da Paz, de Torquato Joel.
No mesmo horário, o Sesc Ceilândia recebe a Mostra Brasília com os filmes O Bicho que Eu Tinha Medo, de Jhonatan Luiz, A Brasiliense, de Gabriel Pinheiro, O Fazedor de Mirantes, de Betânia Victor e Lucas Franzoni, e Mil Luas, de Carina Bini.
Para assistir à Mostra Brasília, é necessário retirar o ingresso gratuito na bilheteria do Cine Brasília com duas horas de antecedência. Já para a Mostra Competitiva Nacional, a sessão das nove da noite no Cine Brasília tem ingressos a R$ 20, disponíveis a partir das duas da tarde na bilheteria ou pelo site ingresso.com. Todas as outras programações são gratuitas e não precisam de ingresso.
*Com supervisão de Bianca Paiva
Cultura
1ª negra imortal: escritora Ana Maria Gonçalves toma posse na ABL
A atualidade da obra de Ana Maria Gonçalves, que aborda temas históricos e raciais em seus livros, foi destacada nesta sexta-feira (7) durante a posse da escritora na Academia Brasileira de Letras. Ela é a primeira autora negra eleita como imortal na instituição, e ocupará a cadeira de número 33, antes do gramático Evanildo Bechara.

Ana Maria Gonçalves é reconhecida especialmente pelo livro Um Defeito de Cor. A obra narra, em 952 páginas, a história de Kehinde, uma mulher africana que atravessa o século 19 buscando reencontrar o filho. Além de escritora, Ana Maria Gonçalves é roteirista, dramaturga e professora. A nova acadêmica reforçou o significado de sua presença para a renovação da ABL.
“Cá sou eu hoje, 128 anos depois de sua fundação, como a primeira escritora negra eleita para a Academia Brasileira de Letras, falando pretoguês e escrevendo a partir de noções de oralitura e escrevivência. E assumo para mim como uma uma das missões: promover a diversidade nessa casa e fazer avançar as coisas nas quais nela eu sempre critiquei, como a falta de diversidade na composição de seus membros, uma abertura maior para o público e o maior empenho na divulgação e na promoção da literatura brasileira.”
O discurso de abertura da cerimônia foi feito pela imortal Lilia Schwarcz. A historiadora e antropóloga destacou a posse e a obra de Ana Maria no contexto de violência contra as pessoas negras.
“Nunca o livro de Ana foi tão atual como nos dias de hoje com as chacinas nos complexos do Alemão e da Penha. Kehinde é uma mãe que viu um filho morrer e outro desaparecer. Simbolicamente, ela é mais uma das muitas mães brasileiras enlutadas que seguem lutando.”
A escritora Conceição Evaristo também enfatizou a importância da luta racial, especialmente na literatura.
“Eu acho que mais uma vez a história brasileira bem manchada de sangue, né? E o que que a literatura pode fazer nisso? Quer dizer, olhando, é, na primeira mão, na hora do desespero, a literatura não pode fazer nada. Depois quando você pensa, eu acho que a literatura é o lugar mesmo de você, é, tentar resolver essa realidade, né? Imaginar uma outra realidade, imaginar uma outra um um outro destino para o Brasil, né?”
Já a escritora Eliana Alves Cruz falou sobre a relevância do momento e a aproximação da academia com a população.
“É um momento mágico, né? É um momento esperado, aguardado. E um tanto atrasado, né? Eu acho, porque muita gente esperou para ter alguém aqui. Eu espero que seja o começo de uma renovação para a ABL, de uma aproximação com o povo.”
O evento foi marcado pela presença de escritores e artistas, além de representantes da cultura negra brasileira.
-
Opinião6 dias atrásHipertensão 2025: o que realmente muda no seu dia a dia
-
Política5 dias atrásMutirão Fiscal oferece descontos de até 95% para regularização de débitos em Cuiabá
-
Opinião3 dias atrásPODER LEGIFERANTE
-
Polícia Federal3 dias atrásPF, BNDES e Interpol discutem ampliação de cooperação em crimes financeiros e tecnologia
-
Política4 dias atrásAssembleia inicia discussão da Lei Orçamentária 2026 em audiência da CCJR
-
Opinião6 dias atrásDois anticorpos monoclonais anti-amiloide redefinem tratamento do Alzheimer
-
Política3 dias atrásBotelho propõe política de prevenção ao câncer de próstata em MT
-
Política3 dias atrásProjeto Raízes que Libertam incentiva doação de livros na Assembleia Legislativa

