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BA: Romaria e Carnaval são reconhecidos como manifestações culturais

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A Bahia tem, oficialmente, mais duas tradições populares reconhecidas como Manifestação da Cultura Nacional pelo governo federal. São elas: o Carnaval de Salvador e a Romaria do Senhor Bom Jesus da Lapa.

O reconhecimento reforça o texto da Constituição Federal que assegura a proteção e a promoção dessas manifestações por meio de políticas públicas e leis específicas. O reconhecimento legal garante maior visibilidade, proteção e valorização dessas tradições.

De acordo com o Ministério do Turismo, o Carnaval de Salvador, uma das maiores festas populares do mundo, representa a identidade de diferentes grupos formadores da sociedade brasileira.

A partir dessa lei, a festa ganha um selo que a consagra em todo o país, prestando homenagem à capital baiana e à toda cadeia produtiva.

Já a Romaria do Senhor Bom Jesus da Lapa, considerada a terceira maior do país, é realizada todos os anos entre os dias 28 de julho e 6 de agosto e reúne cerca de 600 mil fiéis e turistas na cidade do interior baiano.

A romaria é uma das manifestações religiosas mais antigas da história do Brasil. Segundo a tradição, o monge Francisco de Mendonça Mar descobriu uma gruta no sertão baiano onde fixou uma imagem do Bom Jesus, transformando-a num santuário.

Manifestações culturais já reconhecidas 

Em relação ao carnaval, já são reconhecidos como Manifestação da Cultura Nacional, os Blocos e Bandas de Rua, o Carnaval de Pernambuco, as Escolas de Samba do Rio de Janeiro, dentre outras. 

Já em relação a religiosidade brasileira, estão entre as manifestações culturais reconhecidas o Círio de Nazaré, que acontece em Belém e a Caminhada com Maria, que ocorre em Fortaleza, Ceará.

 


Fonte: EBC Cultura

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1ª negra imortal: escritora Ana Maria Gonçalves toma posse na ABL

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A atualidade da obra de Ana Maria Gonçalves, que aborda temas históricos e raciais em seus livros, foi destacada nesta sexta-feira (7) durante a posse da escritora na Academia Brasileira de Letras. Ela é a primeira autora negra eleita como imortal na instituição, e ocupará a cadeira de número 33, antes do gramático Evanildo Bechara.

Ana Maria Gonçalves é reconhecida especialmente pelo livro Um Defeito de Cor. A obra narra, em 952 páginas, a história de Kehinde, uma mulher africana que atravessa o século 19 buscando reencontrar o filho. Além de escritora, Ana Maria Gonçalves é roteirista, dramaturga e professora. A nova acadêmica reforçou o significado de sua presença para a renovação da ABL.


São Paulo 08/11/2025 Ana Maria Gonçalves toma posse na ABL e se torna primeira mulher negra a ocupar cadeira na instituição. Foto: ABL/ Dani Paiva.
São Paulo 08/11/2025 Ana Maria Gonçalves toma posse na ABL e se torna primeira mulher negra a ocupar cadeira na instituição. Foto: ABL/ Dani Paiva.

Ana Maria Gonçalves toma posse na ABL Foto: ABL/ Dani Paiva.

“Cá sou eu hoje, 128 anos depois de sua fundação, como a primeira escritora negra eleita para a Academia Brasileira de Letras, falando pretoguês e escrevendo a partir de noções de oralitura e escrevivência. E assumo para mim como uma uma das missões: promover a diversidade nessa casa e fazer avançar as coisas nas quais nela eu sempre critiquei, como a falta de diversidade na composição de seus membros, uma abertura maior para o público e o maior empenho na divulgação e na promoção da literatura brasileira.”

O discurso de abertura da cerimônia foi feito pela imortal Lilia Schwarcz. A historiadora e antropóloga destacou a posse e a obra de Ana Maria no contexto de violência contra as pessoas negras.

Nunca o livro de Ana foi tão atual como nos dias de hoje com as chacinas nos complexos do Alemão e da Penha.  Kehinde é uma mãe que viu um filho morrer e outro desaparecer. Simbolicamente, ela é mais uma das muitas mães brasileiras enlutadas que seguem lutando.”

A escritora Conceição Evaristo também enfatizou a importância da luta racial, especialmente na literatura.

“Eu acho que mais uma vez a história brasileira bem manchada de sangue, né? E o que que a literatura pode fazer nisso? Quer dizer, olhando, é, na primeira mão, na hora do desespero, a literatura não pode fazer nada. Depois quando você pensa, eu acho que a literatura é o lugar mesmo de você, é, tentar resolver essa realidade, né? Imaginar uma outra realidade, imaginar uma outra um um outro destino para o Brasil, né?”

Já a escritora Eliana Alves Cruz falou sobre a relevância do momento e a aproximação da academia com a população.

“É um momento mágico, né? É um momento esperado, aguardado. E um tanto atrasado, né? Eu acho, porque muita gente esperou para ter alguém aqui. Eu espero que seja o começo de uma renovação para a ABL, de uma aproximação com o povo.”

O evento foi marcado pela presença de escritores e artistas, além de representantes da cultura negra brasileira.


Fonte: EBC Cultura

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